segunda-feira, 22 de abril de 2013

Afrika


Afrika

Minha Afrika,
Violentada Ontem, Hoje. E Amanhã?!
A cada instante reparo sem tréguas, vejo trevas

Sabor umbilical, retire-me a desgraça
Mãe viúva e donzela,
Desvirginada desde a época de Austrolapithecus
Violentada e com infância roubada desde a escravatura

Foste adulta em todas tuas épocas, mamã
Tantas lágrimas derramaste, minha Afrika
Órfão, aquando de tantos filhos teus,
Que heroicamente como filha
Abraçaram, beijaram, regaram-te pelo Sangue
E, suas Almas jogaram
Com tanta dor, mesmo
Quando deitavam indeterminadamente
Gritavam queixumes, sorrindo esperança,
Força Irmão, Tu consegues
Enquanto deploravam rios de liberdade.

E, Almas rasgadas pela opressão gratuita,
Derramavam determinadamente a angústia
De liberdade nostálgica
Enquanto carregavam-te no colo.
E, aquando das independências,
Ergueram-te num soco solene,
Viva minha Afrika
Viva mamã Afrika.

Minha Afrika,
Violentada Ontem, Hoje. E Amanhã?!
A cada instante reparo sem tréguas, vejo trevas

Minha Afrika como uma donzela,
Passeando no jardim de Éden,
Violentada mais uma vez,
Oh, Riqueza bruta, poder
Filho teu,
Com uma faca, golpeia-te os seios
Espeta-te a azagaia
Nhandayeyo, Nhandayeyo

Minha Afrika,
Violentada Ontem, Hoje. E Amanhã ?!
onde vais mimha Afrika?
Nhandayeyo, Nhandayeyo


Artifice Artilde

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