Involada Pátria
Na sombra da
minha Casa não há fresco!
Há penumbra no
coração do Sitoé,
Mariana de alma
rasgada pelas apoquentações mundanas,
Manuelito que
chora fibras jogadas na conquista do vazio,
Marta que chora
certeza incerta de formação sem empregabilidade,
Castro que
lamenta tempo de desfrute de sombra alheia coberto de Sol.
Faz de contas não
trazem contas!
Na sombra da
minha Casa não há fresco!
Há alvorada na
alma esclarecida do Mathe, não lamenta…acusa,
Machava espetado
numa árvore,
Reflectindo sobre procura sem encontro de Vida
condigna,
Que o mísero
salário não sabe dar,
A sirene rasga-lhe a
alma já despedaçada, anunciando a vaidade do Excelência,
Que é
vencedor de riqueza absorvente.
Faz de contas não
trazem contas!
Na sombra da minha
Casa não há fresco!
Há hipocrisia no íntimo
do Majestade,
Há Democracia
egocêntrica e parente do Capitalismo criminoso,
Que a corrupção
lhe sustenta, corroendo o Bem comum,
E esfomeando a
Boca do Povo,
Que vagia no
rótulo das propagandas políticas prateando hipocrisia.
Faz de contas não
trazem contas!
Na sombra da
minha Casa não há fresco!
Há Povo de Boca rasgada
pelo sorriso que a agonia da Pobreza Absoluta sabe roubar,
Slogan dos vencedores
de Riqueza absoluta e absorvente,
Que o Sangue fervente do Povo agasalha,
Há descoberta de
recursos cujo valor é medido no estrangeiro.
Faz de contas não
trazem contas!
Na sombra da
minha Casa não há fresco!
Há discursos
anunciando erguidas Armas coloridas de Paz
Cujo gatilho aguarda pelo tiroteio descuidado
e fatal,
Há
parlamentalucristas e promotores de políticas egocêntricas,
Nas Bancas designadas Assembleia.
Há Povo
descartável na garantia da hegemonia,
Que o consenso
fantasma e fantoche sabe autenticar,
Há irmãos que Colonialismo e ditadura combateram
e, se fazem a sua cara.
Na sombra da
minha Casa não há fresco!
Faz de contas não
trazem contas!
Artífice Artilde
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