Semblante
Hoje,
contemplei a tua espádua curvada…
Bordão
dos meus soluços desprovidos de razão
Refúgio
das marcas que a idade exalou
Ora
pela dor
Ora
por amor, a tua imagem.
Nas
rugas que esboçam o teu rosto
Hoje,
exaltei o tempo aportado no teu mar
Do
teu olhar quase cego e pouco
Do
que sobejou da audição
Defrontei,
marcas primeiras do teu dispersar
Pude
enxergar, o fenecer intrínseco
Na
ressurreição de um novo dia
Hoje
Hoje
eu venerei-te.
Não
igual o fizera outrora, vezes inúmeras
Mas
como quem quer arquivar derradeiro semblante
Hoje
Hoje,
eu nada mais quis
Senão
me esmerar a aquele ensejo.
Santos Beitrande
a vida é feita de caminhos que a cada momento nos faz perceber que nada está parado. somos todos peregrinos e nossos semblantes modificam-se a cada instante mesmo sem nos dar-mos conta. olhe e páre um pouco que perceberás que a mudança te acompanha. valeu o poema é real
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ResponderEliminarDeveras interessante sua abordagem em relação ao poema, meu caro Laregil Dos Santos, porém o semblante invocado nos versos desse poema vai muito mais além da capacidade de se adaptar aos diferentes momentos da vida...
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